quinta-feira, 10 de novembro de 2022
domingo, 6 de novembro de 2022
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
Tu podes achar que sou complicada.
Será que estás certo? Não aceito imposições e
luto pelo direito de conquistar as minhas diretrizes.
Se vou alcançá-las é outra história, apenas não aceito
que queiras moldar-me as tuas chamadas convicções.
Fique com as tuas certezas que eu vou voar atrás das minhas
respostas.
Ah, as nossas perguntas diante de tudo são tão diferentes que nunca
entraríamos no mesmo ritmo da canção que se chama VIDA.
AnnaLúciaGadelha
Quando eu me tornar uma poetisa
Levar-te-ei para uma paradisíaca ilha
Voaremos para não deixar trilha
Amaremos sentindo a doce brisa
Quando eu me tornar uma fada
Eu te levarei para ao Parnaso
Poetizarei contemplando o ocaso
E me transformarei na lua dourada
Quando eu me tornar uma bailarina
Dançarei para te fazer muito feliz
Tu és o amor que eu sempre quis
Eu sabia que essa seria minha sina
Hei de eternizar-te na minha existência
Sou flor perfumada sempre em florescência
AnnaLuciaGadelha
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
Sou moça nordestina
Sou bela como as flores
Aprendi a não ter temores
Sou mulher felina
Acordo quando o galo faz cocoricó
Mas não deixo por nada meu forró
Acham que sou braba
Que ando de peixeira afiada
Eu fico indignada
Sou menina faceira e calma
Amo tanto meu nordeste
Onde o Sol nasce primeiro
Nordestino é cavalheiro
Vem conhecer o Agreste
Acordo quando o galo faz cocoricó
Mas não deixo por nada meu forró
-
Salve a mulher nordestina!
Uma guerreira incomparável
Temos um sorriso afável
E uma verdadeira beleza feminina
AnnaLuciaGadelha
quinta-feira, 20 de outubro de 2022
Que saudade de ti!
Teus abraços me queimando
Tua língua me torturando
Nossos líquidos se misturando
Tuas carícias não tinham pressa
Teu olhar me devorava
Tua boca me desenhava
Sabias amar me tirando do chão
Era uma loucura nossa paixão
Quando voltarás?
Fecho os olhos e sonho contigo
Meu corpo treme
Sem ti, sou um barco sem leme
Eu
Eu
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Há nos versos acima uma tentativa, por parte do sujeito poético, de se reconhecer e se identificar encontrando o seu lugar no mundo.
Num exercício de busca constante, o eu-lírico se aproxima de definições possíveis embora abstratas. Há, porém, um tom sombrio no poema, um registro taciturno, de solidão profunda, como se o sujeito se sentisse um pária.
Os versos invocam uma atmosfera fúnebre, com um ar pesado, sentido.